segunda-feira, junho 11, 2007

stop (the clock).

will you kiss me again so i can pretend we're kissing for the first time?
because when we kissed for the first time i was distracted.
i couldn't believe it was true that i was truly really finally kissing you.
will you hug me again so i can pretend we're embracing for the first time?
cause when you held me for the first time i lost my senses.
i couldn't believe it was real.
inside i was laughing and dancing like peppermint eels.

e tem isso de as coisas de repente mudando e esse silêncio e esse olhar sem saber o que dizer, mas é o tipo de coisa que a gente acaba sentindo falta uma hora ou outra. Me lembra um pouco quando comprei um peixe dourado e na hora de colocar ele no aquário tem que tomar cuidado até a água aclimatar e ele fica lá um tempo, quietinho, esperando acostumar com a situação. E só resta esperar e sorrir enquanto você deita no meu peito e eu sinto meu estômago ronronar de leve e torço pra você não ouvir e penso se você está gostando, se vai durar, se eu digo a palavra errada. E prevejo todas as brigas, no meu pessimismo eterno, e se vou estragar tudo de novo por não ter paciência e querer pular etapas e tem o tempo e as circunstâncias e tudo o mais que nunca se sabe o que pode acontecer, eu atravessando a rua e alguma coisa depressa demais acaba com a história inteira e será que você está gostando da música e seu cheiro é bom e você sorri e eu torço pro peixinho dourado sobreviver dessa vez que ele já passou por tanta chateação e alguma coisa boa pra variar seria uma boa surpresa.

Mas os peixes tem memória curta e em 15 segundos eu já estou olhando pra você e descobrindo que todas as outras horas vão ser um estofo inútil de ler coisas, ver coisas, ouvir coisas só pra distrair e te contar depois porque o tempo tem essa coisa de ser relativo só quando eu não quero e com você por aqui 60 segundos são 60 segundos e se contente com isso e quando você vai embora parece que cabe o Ulisses do Joyce inteiro em 5 minutos. Mas o peixinho dourado vai sobreviver e mesmo que não ele está feliz só da água estar quentinha e você sorrir tão bonito e só resta mesmo é esperar e sorrir mesmo que paciência nunca tenha sido o meu forte e não reste muitas unhas pra roer nem livros na estante.

2 comentários:

Laura Assis disse...

Perfeita a metáfora do peixinho.^^
Gostei demais, virei mais por aqui.
(L)

Anônimo disse...

aqui. [2] ^^